Comissões . Comissão do Passe

O que cada um de nós que pertencemos a uma comunidade de analistas queremos saber de uma experiência de cura? Se em algum momento Lacan inventou o Passe para precisar como o desejo do analista se produziria em uma análise, quais seriam hoje as nossas questões ao Passe?

A discussão sobre o Passe não é uma discussão acabada e sim uma questão em construção que se dá em uma superfície de trabalho. Trata-se de uma questão de Escola que traz consigo uma força, um impulso e a produção de efeitos. Este dispositivo concerne à função desejo do analista, não se conformando, pois, em ser tratado como um anexo, como um apêndice a ser mantido em segredo. Uma experiência que produz e colhe efeitos de transmissão da Psicanálise em intensão. Este dispositivo requer sustentação em uma Escola.

O Aleph – Escola de Psicanálise atravessa um momento agora marcado por um acontecimento de Passe com nominação. A partir da discussão iniciada na Jornada de Cartéis e da decisão em Assembleia, a Escola anuncia e passa a sustentar uma superfície destinada a colher os efeitos dos dispositivos Cartel e Passe.

Este tempo nos coloca em uma situação de não mais nos debruçarmos interminavelmente sobre os muitos textos referidos ao passe e sim escrever a partir de uma experiência e cuidar dos efeitos dela colhidos. O ponto do real é experimentado por cada um, são pedaços, tentativas de palavras, “um oceano a se atravessar”, um “então tudo isso existe mesmo …” tal como Freud escreve no texto da Acrópole, ou uma “incandescência”.

No lugar do real nada se escreve, sabemos, não cessa de não se escrever, mas é a partir desse ponto do real como impossível, que algo se impulsiona e resulta ou não em uma escrita: Há d’Escola, há  d’ analista.

Comunicamos que houve uma permutação dos membros da Comissão do Passe e reiteramos a necessidade de cada analista membro da Escola trabalhar a designação de passadores, fazendo valer a aposta na transmissão.

Comissão do Passe:

Graça Curi
Mônica Brandão
Jeanne D’Arc Carvalho
Sandra Pujoni
Cristina Holzinger